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Como será o novo modelo de reciclagem de produtos eletrônicos no Brasil

- TI

Descartar eletrônicos antigos de forma sustentável sempre foi um desafio dentro do Brasil, por conta dos poucos (e, em geral, desconhecido) pontos de descarte que ficam nas grandes cidades. Mas um acordo setorial, que deve ser assinado ainda este ano, fará com que integrantes da indústria e varejo se organizem para recolher um percentual de equipamentos antigos equivalente ao total vendido.

A nova dinâmica é um desdobramento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305), sancionada em 2010. No texto, ela atribui a todos os geradores de resíduos, do fabricante ao consumidor, a responsabilidade para o descarte consciente.

O texto do acordo, que foi redigido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), já passou pela fase de consulta pública e pode ser oficializado a partir de deste mês.

Como vai funcionar

As marcas da indústria e varejo terão um ano para organizarem essa logística. A partir de 2021, precisarão recolher um percentual de tudo o que foi vendido no varejo, sendo que o valor da porcentagem será calculado com base no peso dos produtos comprados.

Além do comprometimento da indústria, também irá crescer o número de pontos de descarte, já que lei se aplicaria em todas as cidades com mais de 80 mil habitantes — que concentram cerca de 65% da população.

Em São Paulo, por exemplo, estima-se que há um ponto de descarte para cada 420 mil pessoas. Com o acordo, a proporção será reduzida para um ponto a cada 25 mil habitantes.

Responsabilidades

De acordo com a reportagem publicada pelo Valor Econômico sobre o tema, duas associações específicas concentrarão os esforços no planejamento dessa logística de reciclagem. De um lado, a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), que já destacou a Green Eletron para essa tarefa; do outro, está a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), que escolheu a  Abree (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos) para a tarefa.

A principal diferente entre as duas entidades está no tipo de material que irão recolher: enquanto a Green Eletron tem como foco produtos de informática (monitores, celulares, notebooks etc), a Abree atende a linha branca e marrom (TV e áudio).

Atualmente, o trabalho das associações e fabricantes está em reunir um número grande o suficiente de cooperativas que tenham a documentação necessária para atuar no momento de gestão e descarte correto dos equipamentos.

Repasses

Falando no assunto: tanto por conta do processo de descarte em si como da questão de segurança, a reciclagem desse material é cara e normalmente concentrada no Sul e Sudeste. Durante a consulta pública, fabricantes pleitearam que os gastos com essa operação sejam divididos com o varejo.

Mas, com o texto ainda não foi disponibilizado após a consulta, ainda não se sabe se o ponto está contemplado. Mesmo que o desejo desse público seja atendido, é provável que os custos da operação sejam embutidos em produtos futuros.

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Fonte: ComputerWorld

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