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Infraestrutura e Operações: o que esperar desse mercado nos próximos anos

- TI

O foco dos líderes de Infraestrutura e Operações (I&O) está evoluindo muito além dos elementos de tecnologia, como data centerscolocation e cloud, para abranger mais sobre como as I & O de uma organização podem suportar e possibilitar a estratégia de negócios.

“Há uma evolução dramática da I & O acontecendo agora “, disse Ross Winser , analista sênior do Gartner, durante a Gartner IT Infrastructure, Operations e Cloud Strategies Conference, em Las Vegas . “Não se trata mais de hardware ou software – trata-se de fornecer serviços que atendam às necessidades de negócios. O futuro da infraestrutura está em toda parte e em qualquer lugar, e será orientado pelos negócios por natureza ”.

Mais do que nunca, o departamento de infraestrutura e operações precisa se envolver com o dia a dia das áreas estratégicas das empresas. O foco dos líderes desse setor não é mais entregar apenas engenharia e processos para as operações, mas entregar produtos e serviços que suportem e permitam a estratégia de negócios das organizações, diz Ross Winser, Diretor de Pesquisa Sênior do Gartner, ao comentar as principais tendências que os líderes de infraestrutura e operações (I&O) devem começar a observar em 2019.

“A questão é como podemos usar os recursos como inteligência artificial, automação de rede ou computação de ponta para suportar infraestruturas em rápido crescimento e que precisam atender às necessidades das companhias”, comenta o executivo.

Nesse contexto, o Gartner encoraja os líderes de infraestrutura e operações a se prepararem para as 10 tecnologias e tendências que apoiarão a infraestrutura digital em 2019. São elas:

1 – Computação sem servidor

Serverless é um padrão emergente de arquitetura de software que promete eliminar a necessidade local de provisionamento e gerenciamento de infraestrutura. Os líderes de infraestrutura e operações precisam começar a adotar uma abordagem centrada em aplicações para computação sem servidores e com gerenciamento de APIs e SLAs, em vez de seguirem com infraestruturas físicas criadas em suas empresas. “A verdade é que os servidores continuarão a existir, mas os provedores de serviços é que serão os responsáveis por toda a análise e dimensionamento dos recursos envolvidos no ambiente, o que resultará em mais agilidade às organizações”, explica.

Esse tipo de tecnologia não substituirá a aplicação de contêineres ou máquinas virtuais, sendo fundamental saber como usar melhor o conceito sem servidor antes de aplicá-lo. “O desenvolvimento de recursos de suporte e gerenciamento desse tipo deve ser um foco dentro das equipes de infraestrutura e operações, pois mais de 20% das organizações globais implementarão tecnologias de computação sem servidor até 2020. Hoje, menos de 5% das companhias usam esse formato”, afirma Winser.

2 – Inteligência artificial

A inteligência artificial está crescendo em importância para os líderes de infraestrutura e operações que precisam gerenciar infraestruturas em plena expansão e que, ao mesmo tempo, não podem aumentar sua equipe. Os recursos de inteligência artificial têm o potencial de transformar as organizações e estão no centro dos negócios digitais, cujos impactos já são sentidos pelas companhias. De acordo com a Gartner, os negócios derivados de Inteligência Artificial ​​chegarão a US$ 3,9 trilhões até 2022.

3 – Agilidade de rede

A infraestrutura e a capacidade de rede são a base de tudo o que a área de TI faz – soluções em Nuvem, Internet das Coisas (IoT) e serviços de ponta, por exemplo, sendo que continuarão avançando em 2019. “As equipes estão sob constante pressão para garantir a alta disponibilidade de rede. Ainda que a cultura das equipes muitas vezes limite as mudanças, o fato é que a demanda por agilidade na performance dessas operações também aumentou”, diz Winser.

O foco dos líderes de I&O para 2019 e nos próximos anos deve ser o de encontrar formas para ajudar suas equipes a aumentarem o ritmo de trabalho, buscando opções para atender à necessidade por mais agilidade. “Parte dessa resposta é a criação de um ambiente com automação e análise, capaz de lidar com a mudança real das empresas”, explica.

O Gartner avalia que as demandas por melhorias de performance de rede deverão crescer com o advento do 5G, da maturidade das soluções em Nuvem e com a explosão no número de dispositivos de IoT. “Essas são apenas algumas das pressões que os líderes devem antecipar. Então, o período crítico para lidar com este desafio é agora”, diz o analista do Gartner.

4 – Fim dos data centers tradicionais

O Gartner prevê que, em 2025, 80% das organizações migrarão seus dados de data centers locais para ambientes no formato de colocation, hospedagem ou nuvem, levando-as ao gradual encerramento de seus data centers tradicionais.

“Os líderes de I&O devem se preparar para esse movimento, ajustando as cargas de trabalho com base nas necessidades dos negócios e não se limitando a decisões baseadas em localização física. Desde a hospedagem até a Nuvem Pública, existem muitas alternativas para os Data Centers locais. Os líderes devem identificar se existem razões verdadeiramente estratégicas para persistir com necessidades locais, especialmente quando consideram que a quantidade significativa de investimento envolvida é muitas vezes amortizada ao longo de muitos anos”, afirma o analista. As preparações devem começar agora, pois o prazo crítico para isso será de 2021 a 2025.

5 – Edge Computing

O avanço de dispositivos de internet das coisas e de tecnologias imersivas levarão o processamento de informações ao limite, redefinindo e reformulando o que os líderes de I&O precisarão implantar e gerenciar. A borda, nesse caso, é o local físico onde as coisas e as pessoas se conectarão com o mundo digital em rede – espaço que fará a infraestrutura a chegar cada vez mais ao seu limite.

Edge Computing faz parte de uma topologia de computação distribuída em que o processamento de informações está localizado próximo à borda, que é onde as coisas e as pessoas produzem ou consomem essas informações. Edge Computing aborda as leis da física, economia e terra, que são fatores que contribuem para como e quando usar borda. “Essa é outra tendência que não substitui a Nuvem, mas a potencializa”, diz Winser. “O prazo crítico para as organizações adotarem essa tendência é entre 2020 e 2023”.

6 – Diversidade Digital

A gestão da diversidade digital não é sobre pessoas, mas sim sobre a descoberta e manutenção de ativos que estão “lá fora” em qualquer empresa digital moderna.

“Houve um enorme crescimento na variedade e na quantidade de ‘coisas’ que a área de I&O deve conhecer, apoiar e administrar”, afirma o diretor.

Preparar a área de I&O para esse cenário é vital antes do período crítico, que deverá ser de 2020 a 2025.

7 – Novos papéis de I&O

Líderes de infraestrutura e operações consideram que a justificativa principal de seus times se baseia na resolução de complexas relações de custos, atividades e expectativas de qualidade de seus clientes internos.

Porém, o fato é que explicar para os gestores de TI e de negócios qual são os papeis da equipe de I&O para o sucesso dos negócios e dos objetivos estratégicos das organizações é uma grande necessidade das empresas atuais.

“Um grande desafio com serviços baseados em cloud computing é manter os custos sob controle, e a empresa espera que a área de I&O faça exatamente isso. Em vez de se concentrar apenas em engenharia e operações, o planejamento de infraestrutura deveria desenvolver os recursos necessários para intermediar serviços”, diz Winser.

O prazo crítico para esta tendência começa imediatamente, agora em 2019.

8 – Software como Serviço (SaaS)

Em 2019, SaaS terá um grande impacto em como as organizações observam as estratégias de entrega de infraestrutura que estão em andamento. No entanto, a verdade é que a maioria dos líderes de I&O ainda está focada nas ofertas de infraestrutura e plataforma como soluções de serviços.

“O modelo SaaS em si está se tornando complexo em um nível que as áreas de TI ainda não estão preparadas como deveriam. A mudança para SaaS deve ser acompanhada pela equipe de I&O, desde a manutenção da visibilidade do que está em uso até o suporte aos requisitos de conformidade e às necessidades de integração da empresa”, afirma Winser.

A pressão aumentará em 2021 e nos anos seguintes.

9 – Gestão de talentos

À medida que as infraestruturas se tornam mais digitais é necessário que as pessoas trabalhem horizontalmente entre essas aplicações para identificar e remediar qualquer tipo de interrupção tecnológica que possam acontecer em seus negócios. A expansão de conjuntos de habilidades de I&O para acomodar operações híbridas é de extrema importância para os próximos anos.

10 – Infraestrutura global

Apesar de poucas infraestruturas serem realmente “globais” por natureza, as organizações ainda precisam se preparar para a noção de “infraestrutura em todos os lugares”. Ao fazer isso, os líderes de I&O devem trabalhar dentro de orçamentos restritos e diante de pressões para redução de custo. Uma maneira de enfrentar esse desafio é escolher sabiamente a rede de parceiros necessária para o sucesso global.

Os líderes de infraestrutura e operações devem olhar com atenção para seus fornecedores e elevar o nível de parceria”, diz Winser. O Gartner recomenda que os líderes analisem se os parceiros podem identificar claramente o valor que precisam geram no contexto da infraestrutura global e se eles estão preparados para potencializar os investimentos feitos por suas companhias. “Não haverá tempo para fornecedores do ‘tipo B’ em 2019 e nos próximos anos. Os líderes de I&O ficar de olho nessa tendência entre 2020 e 2023”.

Fonte: ComputerWorld

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