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Novo exame de sangue e saliva é eficaz na detecção de cânceres orais

- Saúde

Um novo exame que usa sangue e saliva para detectar câncer de cabeça e de pescoço tem se mostrado promissor em um pequeno número de pacientes – informaram na última quarta-feira (24) os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins.

A pesquisa foi publicada no dia 24 de junho de 2015 na revista Science Translational Medicine. Mas enquanto provavelmente levará anos até que o teste esteja disponível para o público, as descobertas dos cientistas da Universidade têm aumentado a esperança para um teste de triagem barato, que poderia ser feito por dentistas ou médicos durante visitas regulares.

O câncer de cabeça e pescoço afeta cerca de 50 mil pessoas nos Estados Unidos a cada ano e está em ascensão entre os homens. Os principais fatores de risco são o álcool, tabagismo e papilomavírus humano (HPV), uma infecção comumente transmitida sexualmente que muitas vezes passa despercebida.

O estudo envolveu 93 pacientes com câncer que tinham sido diagnosticados anteriormente. Os pesquisadores descobriram o DNA do tumor na saliva de 71 dos 93 pacientes (76%) e no sangue de 41 dos 47 (87%). Metade dos pacientes concedeu tanto saliva quanto amostras de sangue aos cientistas, e os testes combinados encontraram DNA do tumor em 45 dessas 47 pessoas (96%). “A combinação de exames de sangue e de saliva pode oferecer a melhor chance de encontrar o câncer”, disse Agrawal.

Mais testes sobre um maior número de pacientes ainda são necessários antes que o teste possa procurar a aprovação do mercado. Uma forma beta do teste pode custar milhares de dólares, mas com o tempo poderia ser oferecido por 50 dólares em ambiente de escritório ou de cuidados primários de um dentista, disseram os pesquisadores.

“Nosso objetivo final é desenvolver melhores testes de triagem para encontrar cânceres de cabeça e pescoço entre a população em geral e melhorar a forma de como monitorar pacientes com câncer de recorrência de sua doença”, afirmou o co-autor Bert Vogelstein, professor de oncologia na Johns Hopkins Kimmel Cancer Center.”

Fonte: http://g1.globo.com/

Foto: (Thinkstock/VEJA)

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